Ela - Nós.
Ela, que não era de sentir atração por mulheres, agora entre meus braços se contorcia de prazer e ao mais carinhoso toque respondia com aquele olhar meigo e atraente que, latente, me convidava com bastante fervor em seu desejo.
Bares /boates/passeios com seus amigos e cinema à dois eram nossos encontros de rotina que embalavam nossa relação, e eu não entendia bem por qual caminho estávamos andando, apesar de estar tendo uma experiência satisfatória suficiente pra dizer que reclamei por coisas insignificantes, perto do que estávamos vivendo, mas eu, como sempre, deixei a insegurança me dominar.
Era fácil esquecer que eu "não poderia" pegar em sua mão na rua por conta da possível não aceitação alheia porque, pra mim, só existia e importava mesmo a gente, porém em paralelo ao meu impulso cresceu também a preocupação com sua integridade física quando estávamos abraçadas e olhares de desaprovação nos cercavam. Era triste, revoltante e até hoje não consigo entender o que de tão ruim as pessoas conseguem enxergar no amor alheio. Como o amor "diferente" pode ser considerado como sendo sujo? Alguém me explica por favor?!
Um convite foi o suficiente pra estreitar ainda mais nossa relação. Sua avó viajara para o interior e ela então me convidou para passar alguns dias em sua casa. Já era natal e minha família não tem o costume de comemorar essa data, o que favoreceu minha estadia. Saí do trabalho, fui à sua casa e, algo me dizia que aquele momento seria a granola do nosso açaí alkslaksd. Ao me aproximar da porta senti uma energia muito boa e então a encontrei, maravilhosa e sorridente com um banquete de porcarias que gostamos arrumadas e iluminadas pelas velas. Tudo escolhido e feito com muito carinho. Deu pra sentir que até o saquinho de amendoim japonês foi aberto pra retirá-los da forma mais eficiente possível kkkk. O forte dela nunca foi a cozinha, mas seu purê, me lembro bem, era digno de muitos beijos como forma de pagamento.
Cada noite era aproveitada ao máximo, pois não sabíamos qual seria a próxima vez mesmo ela pegando cedo no trabalho no dia seguinte. 03:00 h da madrugada e ainda estávamos falando sobre nossas experiências, anseios, angústias e projetos futuros. Sei bem que eu era a que mais falava. Mas demonstrava interesse em minhas histórias de azar e na minha forma nada convencional de ver as coisas. Sim, muito diferentes em alguns aspectos, mas a cabeça dura era característica que nos rendia algumas discussões. Aquele ser queria enfiar remédio guela a baixo para sarar a minha dor, era o mesmo que negligenciada, sem pensar duas vezes, a própria. Ah, eu passei raiva, mas vou te falar, quando estamos apaixonados por uma pessoa que consegue representar tanta coisa boa em nossa vida, até passar raivinhas nos faz bem.
***
(Essa publicação é a segunda da série ELA que possui apenas 3 capítulos de uma experiência amorosa que tenho muita sorte de ter vivido.)
Bares /boates/passeios com seus amigos e cinema à dois eram nossos encontros de rotina que embalavam nossa relação, e eu não entendia bem por qual caminho estávamos andando, apesar de estar tendo uma experiência satisfatória suficiente pra dizer que reclamei por coisas insignificantes, perto do que estávamos vivendo, mas eu, como sempre, deixei a insegurança me dominar.
Era fácil esquecer que eu "não poderia" pegar em sua mão na rua por conta da possível não aceitação alheia porque, pra mim, só existia e importava mesmo a gente, porém em paralelo ao meu impulso cresceu também a preocupação com sua integridade física quando estávamos abraçadas e olhares de desaprovação nos cercavam. Era triste, revoltante e até hoje não consigo entender o que de tão ruim as pessoas conseguem enxergar no amor alheio. Como o amor "diferente" pode ser considerado como sendo sujo? Alguém me explica por favor?!
Um convite foi o suficiente pra estreitar ainda mais nossa relação. Sua avó viajara para o interior e ela então me convidou para passar alguns dias em sua casa. Já era natal e minha família não tem o costume de comemorar essa data, o que favoreceu minha estadia. Saí do trabalho, fui à sua casa e, algo me dizia que aquele momento seria a granola do nosso açaí alkslaksd. Ao me aproximar da porta senti uma energia muito boa e então a encontrei, maravilhosa e sorridente com um banquete de porcarias que gostamos arrumadas e iluminadas pelas velas. Tudo escolhido e feito com muito carinho. Deu pra sentir que até o saquinho de amendoim japonês foi aberto pra retirá-los da forma mais eficiente possível kkkk. O forte dela nunca foi a cozinha, mas seu purê, me lembro bem, era digno de muitos beijos como forma de pagamento.
Cada noite era aproveitada ao máximo, pois não sabíamos qual seria a próxima vez mesmo ela pegando cedo no trabalho no dia seguinte. 03:00 h da madrugada e ainda estávamos falando sobre nossas experiências, anseios, angústias e projetos futuros. Sei bem que eu era a que mais falava. Mas demonstrava interesse em minhas histórias de azar e na minha forma nada convencional de ver as coisas. Sim, muito diferentes em alguns aspectos, mas a cabeça dura era característica que nos rendia algumas discussões. Aquele ser queria enfiar remédio guela a baixo para sarar a minha dor, era o mesmo que negligenciada, sem pensar duas vezes, a própria. Ah, eu passei raiva, mas vou te falar, quando estamos apaixonados por uma pessoa que consegue representar tanta coisa boa em nossa vida, até passar raivinhas nos faz bem.
Sorri muito, mas não o suficiente pra deixar de me queixar do quanto fui tola por afastá-la...
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(Essa publicação é a segunda da série ELA que possui apenas 3 capítulos de uma experiência amorosa que tenho muita sorte de ter vivido.)


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