Uma vez à três.
Foi como num verdadeiro encontro de almas/corpos que foram destinados a se conectarem ao menos algumas vezes em vida. Não nos exigiu habilidade. Qualquer jeito tava bom. Qualquer toque despertava ânsia, desejo, calafrios e um prazer cujas medidas humanas não conseguiriam prever. Momentos de mais prazer que exaustão. De entrega e um emaranhado de coisas, confusas, que não pude verbalizar com clareza, mas eram de uma importância tamanha que não consegui apenas me calar. Foram poucos os movimentos e mesmo assim a magia não deixou de acontecer. Ainda que a clareza me faltasse ao falar, era óbvio o que nossos corpos estavam dizendo - Nascemos para nos conectar.
Por duas vezes nos encontramos. A primeira, de certa maneira pelo encantar do desconhecido, foi a mais marcante. Um ser cheio de verdades, vontades e dos mais simples prazeres da vida, foi o que mostrara ser em seus discursos pouco convencionais para um primeiro encontro.
Tão pouco convencional quanto o que falara no primeiro dia foi o que fizemos à três, alguns meses depois. Eu, sem saber por onde começar, bebi uma cerveja e um café (sem açúcar) para ajudar a me colocar no ambiente. Não sei se estava mais apreensiva por não conhecer a outra pessoa ou pela ideia de me deitar novamente com aquele ser maravilhoso que não deixou de invadir minha mente, trazendo de volta à memória sensações das quais acredito que custarão a se perder no limbo da minha mente.
Tomei um banho, mas estava mesmo era tentando tomar coragem para encarar a nova experiência. Ao sair do chuveiro, custei a acreditar que já haviam começado sem mim, então fui conferir - Deu prazer em vê-los, deu tesão ao assisti-los. Por um momento, sem tirar nem as roupas nem o sorriso do rosto, me vi assistindo a cena e acabei por me envolver, não só como testemunha, mas agora como um calouro, sendo levado pela necessidade de sentir e dar prazer aos demais sem que nenhum fosse deixado de fora.


Up 👏👏👏👏
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